No último domingo, 7 de abril, foi comemorado o dia da Saúde. Um bom momento para refletir sobre a situação deste assunto em nosso país , e buscar soluções para os  problemas a ele relacionado.

O  sistema de saúde no Brasil é precário, faltam leitos nos hospitais, as filas de espera para cirurgias pelo SUS podem  demorar mais de meses e ainda são poucos os médicos que atendem nas regiões mais isoladas.

O Brasil é um país subdesenvolvido que ainda sofre com a falta de muitas opções que poderiam mudar esse quadro da saúde no país. A infraestrutura por exemplo, deixa muito a desejar. Apenas 46,2% da população brasileira tem atendimento de coleta de esgoto.

A falta de saneamento básico no Brasil expõe a população a vários riscos à saúde humana.  Segundo a pesquisa “Esgotamento Sanitário Inadequado e Impactos na Saúde da População”  feita pelo Instituto Trata Brasil, doenças relacionadas a sistemas de água e esgoto inadequados e as deficiências com a higiene causam a morte de milhões de pessoas todos os anos, com prevalência nos países de baixa renda. 88% das mortes por diarreias no mundo são causadas pelo saneamento inadequado.

Destas mortes, aproximadamente 84% são de crianças (Organização Mundial da Saúde, 2009),sendo, segundo a Unicef (2009), a segunda maior causa de mortes em crianças menores de 5 anos de idade. Estima-se que 1,5 milhões de crianças nesta idade morram a cada ano vítimas de doenças diarreicas, sobretudo em países em desenvolvimento.

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“Os resultados reforçam que as crianças são mesmo a parcela mais vulnerável quando a cidade não avança em saneamento básico, principalmente sofrendo com as diarreias. As carências em água potável e esgotos prejudicam o país agora e deixam sequelas para o futuro”, analisou Édison Carlos, presidente executivo do Trata Brasil.

Além de oferecer altos riscos de mortalidade, este cenário também representa muitos gastos financeiros em saúde pública. De acordo com o Instituto, somente em 2011 os gastos com internações por diarreia no território nacional chegou a R$ 140 milhões.

Segundo a  Organização Mundial da Saúde cada R$ 1 investido em saneamento gera economia de R$ 4 na área de saúde. Ou seja, o saneamento e a saúde estão totalmente entrelaçados e uma das soluções que o governo poderia buscar para resolver os problemas da área da saúde no país seria investir no saneamento básico, que acima de tudo é um dos direitos do cidadão.